Diário de Roland Garros - dia 3

A chuva vem atrapalhando a programação das partidas.

Hoje, por exemplo, acordei às 7h30 para assistir ao segundo jogo da quadra central (Philippe Chatrier) entre Rafael Nadal e Thomaz Bellucci.

Já são 11h e a chuva novamente dá as caras.

Tentarei, ao longo destas duas semanas de torneio, fazer um diário de Roland Garros. Uma pena que ele comece no terceiro dia de competição apenas.

Mas vamos que vamos.

Todos falaram muito do Guga, comentaram do Bellucci e esqueceram do Marcos Daniel.

Ele vai estrear contra Juan Carlos Ferrero, um rival especialista no saibro, mas que há muito tempo não joga um tênis de alto nível. Não sei se ganha, mas pode dificultar bem.

No Vídeo da Semana, um especial sobre o duelo Federer x Nadal.

Será que teremos uma final entre os dois novamente?

O suíço está cada vez melhor no saibro. O espanhol sofre com o cansaço. Djokovic aguarda para dar o bote. E David Ferrer, Nicolás Almagro e Stanislas Wawrinka querem surpreender.

Por enquanto, a grande zebra foi a derrota de Carlos Moyá na estréia para o argentino Schwank, uma revelação do tênis hermano que estava demorando a decolar.

Não percam a frase da semana, que na verdade, é um texto do sueco Mats Wilander em homenagem a Gustavo Kuerten e o exótico autógrafo de Jelena Jankovic, registrado na seção Você Sabia.

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Atualização

O dia já está terminando em Paris e poucos jogos foram concluídos.

O primeiro destaque vai para Nadal e Bellucci, que confirmaram seu serviço e empatam em 1x1 no primeiro set.

Boa notícia para o brasileiro. Por quê?

Pelo simples fato que o espanhol está preocupado com seu cansaço. Ele já está ciente de que enfrentará uma maratona nos próximos dois dias, caso avance à segunda rodada. Quer arrasar logo com a nova sensação do nosso tênis.

Os cinco minutos de partida mostraram que Bellucci dará trabalho. Está soltando o braço, jogando sem pressão alguma. Conseguiu bons winners e fez Nadal se movimentar bem.

Não sei se o tetra virá tão fácil para o "Rei do Saibro". Esse desgaste no início do torneio será fundamental para as pretensões do tenista.

Fiquem de olho também em Robin Soderling, da Suécia. Arrasou o cabeça-de-chave, Juan Monaco, e tem vida fácil até as oitavas-de-final. Joga bem em todos os pisos e tem uma direita "pesada".