sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Nadal no "Clube dos 80"

Apesar da ausência na Masters Cup e na decisão da Copa Davis, Rafael Nadal pode afirmar que 2008 foi o seu ano.

Derrotou Federer em Wimbledon, conquistou Roland Garros mais uma vez, se tornou líder do ranking da ATP e alcançou 80 triunfos na temporada.

Pode não parecer nada, mas apenas sete tenistas haviam obtido o mesmo feito: John McEnroe (1984), Ivan Lendl (1985), Pete Sampras (1993), Thomas Muster (1995), Yevgeny Kafelnikov (1996), Lleyton Hewitt (2001) e Roger Federer (2005 e 2006).

Este ano, somente em torneios da ATP, Nadal entrou em quadra 90 vezes. Perdeu apenas 10 confrontos.

Não por acaso está sofrendo com a tendinite nos dois joelhos.

Sem dúvida alguma, Rafa preferiu se poupar agora, pois quer fazer de 2009 um ano ainda melhor.

Falta de prestígio da Copa do Rei

O público nos jogos de volta da terceira fase da Copa do Rei (Espanha) foi decepcionante.

Com exceção do Santiago Bernabéu, nenhum estádio teve ocupação de 60% dos lugares.

Com isso, a Europa já começa a questionar o valor destes torneios.

Em todos os países, os grandes clubes poupam jogadores. Arsène Wenger, por exemplo, escalou o Arsenal para a partida contra o Wigan com um garoto de 16 anos entre os titulares. E zebras são cada vez mais frequentes, como a eliminação do Real Madrid para o xará Unión.

O que está se comprovando é que as copas nacionais não servem para nada.

O torcedor não vê os principais astros do seu time jogarem, os jogadores não entram tão motivados com o estádio vazio, a audiência da televisão é bem mais baixa do que aos finais de semana, os técnicos têm que estar preparados para contornar crises... e por aí vai.

Para ilustrar o desinteresse dos espanhóis com a Copa do Rei, aí vai uma lista com os públicos dos jogos e, entre parênteses, está o nome do clube e a capacidade de cada estádio, respectivamente:

Santiago Bernabéu (Real Madrid) - 60.000 (cabem 78.000)
El Madrigal (Villarreal) - 10.000 (25.000)
Lluys Companys (Espanyol) - 7.600 (45.000)
Nuevo Zorrilla (Valladolid) - 6.500 (26.500)
Vicente Calderón (Atlético de Madrid) - 10.000 (55.000)
Camp Nou (Barcelona) - 23.500 (98.000)
Mestalla (Valencia) - 5.000 (55.000)
Riazor (Deportivo) - 5.000 (36.000)
Campos de Sport (Racing Santander) - 12.000 (22.000)
Juegos Mediterráneos (Almería) - 10.000 (22.000)
Ono Estadi (Mallorca) - 7.000 (24.000)
Ruíz de Lopera (Betis) - 10.000 (50.000)
El Molinón (Sporting Gijón) - 8.000 (23.000)
Nuevo Colombino (Recreativo Huelva) - 2.700 (22.500)
Reyno de Navarra (Osasuna) - 9.500 (19.800)
Sánchez Pizjuán (Sevilla) - 26.000 (46.000)