sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Heber Roberto Lopes: 4 jogos em 8 dias

Domingo, 23 de agosto: Goiás 2x1 Santos.

Terça-feira, 25 de agosto: Brasiliense 0x1 Vasco.

Quinta-feira, 27 de agosto: Botafogo 1x1 Cruzeiro.

Domingo, 30 de agosto: São Paulo x Palmeiras.


Este é o calendário da semana do árbitro Heber Roberto Lopes.

4 jogos em 8 dias.

É partida do vice-líder da Série A, do primeiro colocado na Série B, do vice-campeão da Libertadores e, para terminar, um clássico paulista.

Como é possível que um juiz seja escalado tantas vezes em um espaço de tempo tão curto?

Até o momento, os desafios e percalços do paranaense foram os seguintes:

1) Encarar o péssimo estado dos gramados do Serra Dourada e do Serejão.

2) Ser ágil ao solicitar o atendimento médico a Aloísio, que sofreu traumatismo craniano e que ficou sem respirar durante cerca de dez segundos graças a um chiclete.

3) Lidar com a pressão no Serejão, que estava com mais torcedores do que o estádio comporta.

4) Ouvir críticas pela má atuação no Engenhão, em que deixou de marcar um pênalti para o Botafogo e inverteu uma série de lances.

5) Se deslocar de um local para o outro, por mais que as viagens não sejam longas.

E depois disso tudo, ainda tem que encarar um São Paulo e Palmeiras.

Como fica seu treinamento diário?

E o desgaste físico?

E o cansaço mental?

Será que ninguém da Comissão de Arbitragem da CBF pensou nisso? Ele não poderia ter sido excluído de algum sorteio, apesar da escassa renovação do quadro de árbitros?

Heber não deveria ter o mesmo direito que os jogadores, de atuar, no máximo, duas vezes por semana?

Estamos reclamando dos juízes de barriga cheia!

Eles é que deveriam se irritar!

A nova vida de André Santos

Há exatos 39 dias, o Corinthians negociava André Santos com o Fenerbahce.

De lá para cá, sua vida mudou completamente.

Duas vezes.

Sim, em apenas 39 dias.

Naquele dia 20 de julho, data em que se concretizou sua venda, André era o melhor lateral-esquerdo do Brasil. Era também ídolo da torcida, peça fundamental no esquema de Mano Menezes e vinha de dois títulos (Campeonato Paulista e Copa do Brasil).

Quatro dias mais tarde, ao ser apresentado no novo clube, era considerado um reforço secundário do Fenerbahce (afinal, foi vendido por "apenas" 6 milhões de euros, frente aos 8 de Cristian), desconhecido de boa parte dos Canários Amarelos e chegava para ocupar a reserva de Roberto Carlos.

Além disso, encontrava uma equipe em crise, após uma temporada sem títulos e vaga na Uefa Champions League, em um mercado secundário do futebol mundial e tendo que se adaptar rapidamente ao novo país.

Hoje, seu bom futebol fez com que todos estes possíveis empecilhos fossem ignorados.

E hoje, André virou Dos Santos.

O lateral virou meia.

O reserva virou titular absoluto.

E o bom jogador no Brasil virou craque em terras turcas!

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Abaixo, você confere os dois gols marcados por André Santos no empate com o Sion, em partida válida pela última eliminatória da Liga Europa.

Um deles de pênalti, após discutir com Kazim Kazim para decidir quem seria o cobrador.



Ele é o artilheiro do Fenerbahce na competição, com quatro gols.