segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Vídeo da Semana

Começou no último Sábado o Campeonato Espanhol 2007/08. O Real Madrid derrotou o rival Atlético por 2x1, de virada, no Santiago Bernabéu. O Barcelona empatou sem gols com o Racing Santander e o Sevilha goleou o Getafe por 4x1. A nota triste da partida foi a internação do meio-campista dos atuais campeões da Supercopa da Espanha, Antonio Puerta.

Em um lance isolado, ainda no primeiro tempo, o atleta desmaiou em sua área e teve que ser atendido às pressas. Parecia ter sido apenas um susto. O jogador saiu caminhando em companhia dos médicos do clube e se dirigiu ao vestiário. Contudo, passados cinco minutos, o espanhol teve duas paradas cardíacas, sendo levado imediatamente a UTI do Hospital Virgen Del Rocio, local em que voltou a tê-las.

Passadas trinta e seis horas do ocorrido, o doutor Francisco Murillo, chefe dos serviços críticos e de urgência do hospital, afirma que é preciso esperar mais algum tempo para fazer um prognóstico. Ressalta também que uma noite boa e tranqüila como Puerta teve, não deve iludir as pessoas, pois ainda corre perigo.

O que mais impressiona são algumas atitudes tomadas por todos que se envolveram direta ou indiretamente no caso. A Espanha mostrou-se totalmente preparada para uma situação como essa, diferente do caso Serginho, ex-São Caetano.

Primeiramente, no instante da queda, o sérvio Ivica Dragutinovic correu em direção ao companheiro e tentou desenrolar sua língua, algo inimaginável no futebol brasileiro. No incidente do Morumbi, por exemplo, todos ficaram atônitos e esperaram a chegada de membros da comissão técnica. Os médicos do Sevilha foram rápidos no atendimento e conseguiram acordar o camisa dezesseis, levando-o para fora de campo.

Quando chegou ao vestiário, Puerta sofreu paradas cardíacas e o desfibrilador foi utilizado. Em menos de dois minutos, ele já estava dentro da ambulância. Nem sua mãe conseguiu chegar a tempo de ir junto. Em São Paulo, o veículo teve dificuldades para sair do estádio.

Questionada sobre o incidente, a LFP (Liga de Futebol Profissional), entidade que organiza a competição nacional, informou que distribuiu na última semana entre os clubes da primeira e segunda divisão uma maleta de primeiros socorros que seria deixada nos bancos de reservas, além do que já é disponibilizado no vestiário, para eventuais emergências, como a ocorrida no último final de semana. No Brasil, por sua vez, esperamos uma fatalidade como a do zagueiro do time do ABC ocorrer para nos prevenirmos.

A Liga também informou que a AMEF (Associação Espanhola de Médicos de Equipes de Futebol) – algo que nem pensamos em ter – propôs no último mês de Março essa idéia e elaborou desde então uma lista com todos os artigos que deveriam estar contidos nesse kit, avaliado em 3881,25 euros. A imprensa seria apresentada a esse conteúdo no próximo quatro de Setembro.

Por último, a delegação do Real Betis, maior rival do Sevilha, visitou Puerta antes de ir para o Manuel Ruiz de Lopera, onde deixam seus carros estacionados. O presidente dos “verdiblancos”, Pepe León, afirmou a Radio Marca que existem coisas que estão acima do futebol, explicando a atitude. No site oficial há um comunicado da direção em solidariedade aos familiares e amigos, além de um desejo de breve recuperação. Em Huelva, local da estréia da equipe de Rafael Sóbis, os torcedores do Betis levaram diversos cartazes com mensagens de apoio ao jogador de vinte e dois anos.

Ao lado, disponibilizo as imagens do incidente para os que tiverem interesse e lamento a falta de um bom jornalista no país para realizar uma reportagem que pudesse ajudar o futebol brasileiro a se preparar para algo similar.

Lembranças do Dream Team de 1992

Ontem à noite liguei a TV para assistir a última rodada da primeira fase do Pré-Olímpico de basquete, que está sendo disputado em Las Vegas. Brasil e Estados Unidos disputavam a primeira posição do grupo e o Dream Team atropelou nossa seleção, 113 x 76. Impressionei-me com o repertório de jogadas apresentadas pelos norte-americanos. Creio nunca ter visto algo igual. Aliás, já vi, nos tempos de Micheal Jordan, mas naquele período ainda não era gente.

Superada a irritação com os diversos erros de Leandrinho, Nenê e companhia, resolvi esquecer o assunto e tomei consciência que temos que nos classificar para as Olimpíadas e não pensar em derrotar os anfitriões. Pelo menos não nesse momento. E procurei imagens e vídeos de equipes fantásticas que deram “aulas” de basquetebol há tempos atrás.

Sem dúvida a melhor foi a seleção americana que disputou os Jogos Olímpicos de 1992 em Barcelona. Deixo para os leitores uma imagem com todo o grupo e abaixo, há um vídeo com seus dez melhores momentos.

Escalação de cima para baixo: Patrick Ewing, Christian Laettner (melhor universitário na época), Magic Johnson, David Robinson, Karl Malone, Larry Bird, Micheal Jordan, Chuck Daly (técnico), Charles Barkley, Chris Mullin, Scottie Pippen, John Stockton e Clyde Drexler.

Na época realizaram oito partidas, conquistaram a medalha de ouro, invictos, assinalando em média 117 pontos por jogo. Barkley foi o cestinha da equipe e alguns obtiveram sua maior conquista, já que não conseguiram o tão sonhado anel da NBA. Stockton, Malone, Mullin, Ewing e o próprio Barkley são alguns exemplos.

Vídeo do Dia

As dez melhores jogadas do Dream Team nas Olimpíadas de Barcelona (1992).