Perfil Olímpico - Ana Burgos (Espanha)
O grande favorito a uma medalha de ouro no triatlo para a Espanha é Javier Gómez Noya. Porém, quem vem chamando a atenção da imprensa é sua compatriota, Ana Burgos.
O motivo?
Sua idade.
Aos quarenta, a madrilenha será a triatleta mais velha dos Jogos Olímpicos de Pequim.
Desde pequena foi incentivada pelo pai, Joel Raúl Burgos, a praticar esportes. Com apenas três anos, já sabia esquiar. Em seguida, se arriscou na natação e no pólo aquático.
Quando finalmente optou por uma modalidade, o mountain bike, acabou tendo que encerrar sua carreira. Esquiando, rompeu os ligamentos de seu joelho. Não teria como seguir competindo em alto nível.
A frustração foi grande e Ana resolveu se dedicar à faculdade de Educação Física. O ciclismo, agora na estrada, havia se tornado apenas um hobby.
Formada e já com mais de trinta anos, a esportista decide curtir um pouco a vida. Sem compromisso, se inscreve em uma competição de triatlo, em Bobadilla (1999), e acaba vencendo a prova.
O triunfo modifica suas pretensões e, no ano seguinte, Burgos conquista o título espanhol.
O próximo passo era claro: disputar as etapas da Copa do Mundo.
No início, sofre com a competitividade de suas rivais. Mais tarde, adaptada, consegue a oitava colocação geral no ano de 2003.
O bom desempenho a leva a Atenas-2004. O sétimo lugar obtido é comemoradíssimo. E dá a motivação necessária para suportar mais um ciclo olímpico.
Treinada pelo marido, Alberto García, Ana acredita que a experiência pode ser seu grande trunfo para surpreender em Pequim. É realista e avisa aos espanhóis que será difícil trazer uma medalha. Por isso, não quer sofrer qualquer tipo de pressão. Seus objetivos são pessoais.
Sua especialidade é a corrida. Em 2007, ganhou a meia-maratona de Madrid. Também é forte no ciclismo. Ela acredita que, se evoluir na natação, fará um bom tempo nas Olimpíadas.