quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Pesquisa do Institut Castro Alves, publicado pela A.N.A (Agência de Notícias Alternativas)

FUTEBOL AFETA NEGATIVAMENTE INTELIGÊNCIA DE BRASILEIROS

O futebol afeta negativamente a inteligência média das pessoas no Brasil. A conclusão é de um estudo científico divulgado pelo Institut Castro Alves na última semana, no qual o fanatismo exacerbado dos brasileiros pelo esporte é considerado uma das causas do povo ser considerado um dos mais burros do mundo, mais tolerante com a corrupção interna e mais lesados nos neg ócios internacionais com outros povos. "Em nenhum outro lugar do mundo o futebol tem a importância que tem no Brasil. Ali existe um latifúndio da modalidade entre os esportes. Neste ano, por exemplo, aconteceu a Copa Mundial de Rúgbi, entre outras competições importantes de diversas esportes. No Brasil ninguém sabe o que é rúgbi: o povo acorda, almoça e janta futebol, que está inclusive no cardápio das grandes preocupações nacionais, quando existem inúmeras outras questões mais graves, dramáticas até”, justificou o presidente do Institua Castro Alves, cantor e compositor Tede Silva. Ele lembrou que o Brasil é o único país do mundo onde se tem notícia de mortes sucessivas após partidas de futebol e onde seres tão indigentes, os seus praticantes, são considerados gênios, mesmo sendo incapazes de pronunciar ou articular qualquer pensamento claro. Tede Silva ressalva, porém, que não estão comprovados efeitos nocivos do futebol na inteligência de povos de outros países, que não são fanáticos e consideram o esporte apenas aquilo que de fato é, um esporte, a ser consumido com moderação.

BRASIL É VERGONHA EM DISPUTAS INTERNACIONAIS

Além do Brasil ser vergonha em todas as disputas estudantis e científicas internacionais, contentando-se em tentar se promover às custas do futebol, Tede Silva disse considerar "ridículo, brega, quando brasileiros andam em grandes centros internacionais, como Nova York e Paris, usando camisas amarelas com um número nas costas e o nome de um jogador de futebol. Esta é mais uma prática que revela a indigência mental nacional, como se o país tivesse só isto, além das bandas das brasileiras, do que se orgulhar dentro da Comunidade das Nações. O Brasil teve Frei Caneca, Castro Alves, Machado de Assis, Santos Dumont, Glauber Rocha, Carlos Lamarca, Carlos Marighela, tem o Oscar Niemeyer, a capoeira e o Geraldo Vandré. Não dá para entender querer se orgulhar de ter ou ter tido determinadas figuras que em pouco tempo desaparecem no ar" .

COMPLEXO DE INFERIORIDADE DEVE-SE A INDICADORES SOCIAIS NEGATIVOS

Ele lembrou que na década de 70 o cantor Jorge Bem fez uma música em homenagem a um jogador de futebol, que depois o processou, alegando que estava sendo usado para que o artista se promovesse. Jorge Ben continuou sua carreira, até mudou de nome e fez mais sucesso. O jogador de futebol hoje entrega pizza em uma cidade dos Estados Unidos. "No Brasil isto é muito comum: os jogadores de futebol são endeusados, chamados de gênios, "reis do Rio", etc e tal. Passado um tempo ninguém ouve falar mais deles ou acabam treinando a escolinha de futebol de algum time no interior de Goiás, com salário pago pela prefeitura local" . Tede Silva lembrou que nenhum esporte deixa marcas no tempo por mais de um século, ninguém lembra quem foi o maior gladiador de Roma no século tal ou o maior caçador de raposa da Inglaterra nos tempos da rainha Vitória ou o maior lutador de sumô do Japão do século XIV.

BRASIL AINDA NÃO TEM IDENTIDADE NACIONAL

"As pessoas, as nações, guardam os nomes e as obras de seus grandes escritores, pintores, músicos, artistas". Ele disse que o complexo de inferioridade internacional do brasileiro, manifestado na idolatria do futebol, talvez deva-se aos péssimos indicadores sociais do país ou ao fato de não ter tido nunca um Prêmio Nobel de Literatura ou de outra área com a qual possa se orgulhar. Ele lembrou que o Peru já teve prêmio Nobel de literatura, o Chile também, até Portugal. E os brasileiros ficam ali naquele quintalzão do mundo querendo se iludir de que são melhores em alguma coisa. "O problema é que os brasileiros ainda não se constituíram enquanto Nação, não tiveram uma Revolução ou têm valores ou lideranças das quais possam se orgulhar coletivamente. Então sobra, como cola social, como simulacro de identidade nacional, sobra uma bandeira verde amarela e onze abastados representando um espírito coletivo. Esta é a síndrome da 'pátria de chuteiras', conceito identificado por um teatrólogo do Rio de Janeiro que plagiava tragédias gregas e é considerado um dos gênios nacionais, mesmo tendo sido comentarista de...futebol!

ESQUEMÁTICO, PRIMÁRIO E JOGADO COM OS PÉS

Ao fazer uma comparação do futebol com outros esportes, Tede Silva disse que “poucos esportes são tão esquemáticos, sem complexidade e maniqueístas quanto o futebol”. O futebol é esporte preferido de seres que estão saindo da idade da pedra, a começar pelo fato de que é praticado pelas duas patas inferiores. Veja o caso do basquete, por exemplo: o atleta é obrigado a desenvolver uma inteligência física integral, os resultados dependem tanto do talento dos pés quanto das mãos" . Ele lembrou ainda o fato do futebol ter a figura marginalizada e estigmatizada do goleiro, que vive o tempo todo sobre tortura e recebe um reconhecimento muito abaixo dos demais. "O futebol é um esporte de classes, bem estratificado, em que cada um adquire mais fortuna de acordo não com a inteligência, esforço e talentos próprios em prol de resultados coletivos mas com a simples decisão de se especializar em ser artilheiro", continuou. Ele lembrou que o fanatismo em torno do futebol não é bom nem para o próprio futebol brasileiro. A França não é tão fanática, seu povo pratica com igual entusiasmo diversos outros esportes. E transformou a seleção do Brasil em "freguesa". O capitão da seleção francesa, na última Copa, chegou a dar uma lição aos brasileiros, ao dizer que "o Brasil tem bons jogadores pois as crianças desde cedo são influenciadas na prática do futebol, mas elas deveriam também ser influenciadas a irem à escola".

COMENTARISTAS FAZEM A CABEÇA DO BRASILEIRO

No Brasil é comum as pessoas, mesmo de alguma instrução, transmitirem conceitos como "o argentino é arrogante" ou "francês é arrogante e não gosta que se fale com ele em inglês" . São conceitos simplistas e idiotas, repetidos à exaustão por comentaristas ou narradores esportivos, grandes entendidos em... futebol!, que acabam se transformando em verdades na cabeça oca e média do brasileiro, que não lê nada, estuda menos ainda e quando viaja para fora, já vai blindado de clichês e acha "tristes" cidades que não têm crianças de ruas, balas perdidas ou chacinas. O futebol influencia e forma também, com suas gírias, a linguagem do brasileiro, deformando e empobrecendo a língua portuguesa.

"ODEIO FUTEBOL", GRUPO QUE MAIS CRESCE NO ORKUT

Apesar de milhões serem gastos no Brasil para manter o futebol como preferência nacional, o grupo "Odeio futebol" (34.000 membros!) é o que mais cresce no orkut, comunidade de pessoas na Internet onde a manipulação é mais difícil do que na imprensa brasileira. Em sua apresentação, diz o grupo: "22 caipiras correndo atrás de uma bola. 22.000 hipnotizados querendo a camisa suada e fedegosa de um dos 22 'jogadores'. (Eles dizem que é esporte "pra macho"?? Aaaaaaaahhhhh por favor!!!) Todos os jogos idênticos, pura ladainha, a sorte impera. ISSO é futebol! Existe algo mais medonho no mundo dos esportes?" Tede Silva disse considerar louvável a iniciativa de quem criou o grupo, pois "é triste você começar a conversar com um brasileiro, mesmo de classe média, e o cidadão não ter qualquer assunto a falar ou se expressar em literatura, filosofia, geopolítica, psicologia, a não ser o tal do futebol. Torna-se irritante quando o cidadão olha para você e pergunta se você sabe o resultado de um jogo e tal e coisa". Ele lembrou a conversa que teve com um brasileiro, grande fazendeiro inclusive, quando disse que ia fazer uma viagem à Franca. O brasileiro perguntou "a terra do Zidane?" E Tede Silva respondeu: "não sei quem é Zidame, vou para a terra de Voltaire". O brasileiro retrucou: "Voltaire, nunca ouvi falar..."

HOMOSSEXUALIDADE ENRUSTIDA NÃO É PROBLEMA

Indagado sobre o componente homossexual enrustido no fanatismo pelo futebol, Tede Silva disse que "a homossexualidade não é um problema, desde que não leve a práticas violentas e assassinas." Ele disse que quanto a isto, não vê nenhum problema no fato dos brasileiros gostarem tanto de futebol, apesar de pessoalmente preferir o tênis feminino ou o vôlei de praia feminino. "O povo brasileiro é muito liberal e criativo na prática sexual, ao contrário do povo muçulmano, por exemplo, e não precisaria usar tanto o futebol como escudo para uma preferência que não chega a ser tão condenada nos dias de hoje", aliviou.

FUTEBOL PROVOCA NOVO ESCÂNDALO DO PETRÓLEO

Uma das causas do futebol ser tão disseminado no Brasil é o componente de ascensão social e de corrupção envolvido, com a ação nefasta dos chamados cartolas, e que inclusive provocou até CPI no parlamento brasileiro, sem grandes resultados, como todas as Cpis. No Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, a companhia estatal do petróleo, que em tese pertence a todos os brasileiros, chega ao ponto de sustentar um time de futebol em detrimento dos demais. "A parceria Flamengo/Petrobrás é um desrespeito a todos os brasileiros. Como pode uma empresa pública, ou seja, pertencente a todos os brasileiros, patrocinar um único time? É correto uma empresa estatal patrocinar um clube de futebol? Não seria mais correto patrocinar uma modalidade? Nenhum político, por motivos óbvios, contestaria o patrocínio sob pena de perder os votos de seus eleitores "flamenguistas". Não seria o caso de o ministério público questionar este tipo de patrocínio?", é uma questão que rola na internet entre os internautas menos idiotas. Agora mesmo a mesma empresa ameaça patrocinar outro time em SP. Já é um escândalo usar dinheiro público para patrocinar um esporte em particular, mais escândalo ainda patrocinar um clube em particular e um escândalo digno de entrar para a história do mundo o patrocínio exclusivo ao time de preferência do presidente da República, em detrimento de todos os outros esportes, de todos os outros times de outros estados. Nenhum ditador, nenhuma ditadura, em nenhum lugar do mundo, adotou tal atitude: usar uma empresa do Estado para sustentar o time do presidente da República. Bola no campo, vamos acompanhar o jogo, minha gente... Indigentes!

Vídeo da Semana

O hóquei no gelo é destaque no Vídeo da Semana.

Creio que as imagens tenham chegado ao Brasil, mas não custa arriscar e acho que muitos não devem ter visto a partida da NHL realizada ao ar livre.

Pittsburgh Penguins e Buffalo Sabres duelaram no primeiro dia de 2008, no Estádio Ralph Wilson, do Buffalo Bills (equipe de futebol americano), para 73.000 espectadores.

Os ingressos já estavam esgotados desde o dia 18 de Setembro, data em que começaram as vendas.

Além disso, 11.500 pessoas se reuniram no ginásio do Sabres para assistir ao confronto.

Os Penguins ganharam no Shootout, uma espécie de disputa de pênaltis.

Fica a sugestão. As imagens são da NBC.

A "Armada Francesa"

O tênis mundial sempre esteve acostumado com a "Armada Espanhola"e com a "Armada Argentina", já que muitos tenistas dos países percorrem o circuito da ATP.

Porém, a primeira semana de 2008, mostrou uma nova geografia da modalidade.

Nos três torneios da semana, Madrá (Índia), Adelaide (Austrália) e Doha (Qatar), 14 franceses entraram em quadra. Espanha e Rússia estão empatadas no segundo lugar, com 10 representantes. Além deles, nove alemães anteciparam o início da temporada.

A Copa Hopman, torneio misto entre países, e a preparação para o Aberto da Austrália, programado para o final do mês, provocaram ausências importantes, como Roger Federer, Andy Roddick, James Blake e David Ferrer.

Brasil Open sem brasileiros

Foi divulgada a lista dos participantes da chave principal do Brasil Open, que ocorre entre os dias 11 e 17 de Fevereiro, na Costa do Sauipe, Bahia. Nela, nenhum brasileiro até o momento.

O torneio contará com sete tenistas Top 50:

Carlos Moyá (Espanha) 17
Nicolas Almagro (Espanha) 28
Potito Starace (Itália) 31
Igor Andreev (Rússia) 33
Filippo Volandri (Itália) 40
Agustin Calleri (Argentina) 42
Albert Montañes (Espanha) 46

Destaque também para o argentino Guillermo Coria, que utilizou-se do ranking protegido para participar da competição.

Apesar de alguns bons nomes, falta uma estrela. Provavelmente, teremos um fracasso de público e, em 2009, São Paulo deverá sediar o torneio da ATP.

Duas horas de Real Madrid

Estive na Espanha por duas horas, somente dentro do aeroporto de Barajas. Esse curto período de tempo foi mais do que suficiente para assistir a um “bombardeio” de notícias sobre o maior clube do mundo, o Real Madrid.

Para começar, o confronto de volta da Copa do Rei entre os merengues e o Alicante, da Terceira Divisão. O vitorioso garantiria vaga nas oitavas-de-final. O 1x1 da partida de ida se repetia até os 45 minutos do segundo tempo, quando Guti evitou a prorrogação e classificou sua equipe. O outro tento foi anotado pelo holandês Robben, o primeiro desde que chegou ao clube.

O pré-jogo teve duas grandes discussões: a função desta competição para os grandes clubes do país e o salário do lateral-zagueiro Sergio Ramos, o mais baixo entre os 11 titulares de Schuster.

A questão inicial se fez presente com a redução dos preços dos ingressos para o jogo. O mais barato a 3 euros. O mais caro, 20. A promoção levou 55 mil espectadores ao Santiago Bernabéu.

Já a outra foi capa do diário “Marca”, que noticiou nova investida do Milan pelo ex-sevilhista. Os italianos querem renovar seu plantel e vêem Ramos como o “novo Maldini”. Ramon Caderón, presidente do Real, afirmou um mês antes (dia 4 de Dezembro de 2007) que o atleta estava satisfeitíssimo com seu contrato e, por isso, não há motivo para negociações. Veremos agora o que dirá.

Predrag Mijatovic e Adriano Galliani, dirigentes dos dois clubes, haviam feito o “Pacto de Tóquio” durante o último Mundial de Clubes, afirmando que só haveria negociação com jogadores de suas equipes caso as diretorias concordassem com a investida. O pacto foi criado devido ao assédio dos espanhóis a Kaká.

Passando ao pós-jogo, o gol de Guti trouxe de volta outra pauta: quem deve ser titular, ele ou Baptista? A imprensa local, evidentemente, escolhe o primeiro. O técnico, por sua vez, prefere “La Bestia”. Segundo um colunista do mesmo “Marca”, temos que saber conviver com as teimosias de casa treinador e aceitá-las (obs deste blogueiro: lógico que tem que aceita-las, pois o Real está ganhando tudo). Para os torcedores, Guti é o segundo capitão do time.

O jornal “As”, também da capital, faz um desenho tático, que tentarei reproduzir, onde mostra a importância do espanhol. Repare que ele é o “cérebro” do time e tem cinco companheiros ao seu redor:

--------------------------Diarra---------------Gago------------------------

-------------------------------------Guti-------------------------------------

----------------Raúl------------------------------------------Robinho-----

--------------------------------------Van Nistelrooy-----------------------

O brasileiro, segundo o “As”, é mais um e não possui papel central:


----------------------------------------------Diarra---------------------------

--------------------Júlio Baptista--------------------------------------------

------Sneijder-------------------------------------------------Robinho-----

------------------Raúl-----------------------Van Nistelrooy---------------


Não vejo desta forma, até porque Baptista fez o gol contra o Barcelona pelo lado esquerdo do campo e teve a mesma função de Guti. Além disso, é muito diferente ter Fernando Gago protegendo a defesa do que optar por dois pontas, Robinho e Sneijder.

Quanto ao tema mercado de inverno, a diretoria do Real confirmou que não trará nenhum reforço. De saída, apenas Soldado. E, mesmo assim, só se receber excelente proposta, em definitivo.

Saviola, reserva de Soldado contra o Alicante, concedeu entrevista e manifestou vontade de atuar mais tempo. Porém, com a boa fase de seus companheiros, se conforma em continuar batalhando por uma vaga.

Ufa! Acabou. Tudo isso no dia 2 de Janeiro, jogo sem a presença de titulares, contra rival inexpressivo e, mesmo assim, muita pauta. Deveria servir de exemplo para a nossa imprensa.