segunda-feira, 5 de maio de 2008

Breves comentários sobre o fim de semana

O final de semana foi repleto de decisões e títulos. Algumas coisas me encasquetaram. Vamos às indagações:

- Obina fez três gols pelo Flamengo nestas finais. Por que quando o jogador é decisivo todos dizem que e le é um iluminado e não ressaltam suas qualidades?

- Ainda no rubro-negro carioca, Marcinho é o principal jogador da equipe na Libertadores e a dupla Tardelli-Obina deu o título estadual. Por que Souza é intocável?

- Como será o jogo entre Atlético Mineiro e Botafogo pela Copa do Brasil? Alguém tem dúvida de que o perdedor vai ter uma forte crise? Estou com pena do Geninho, na verdade. Acho que vai sobrar para ele. Para o Cuca, meu receio é que pegue o Internacional mais para a frente.

- Falando no time gaúcho, já impressiona o time fazer oito gols em uma decisão (ou nove, se contarmos o contra de Índio), mas impressiona ainda mais se considerarmos que o jogo não teve expulsão.

- Para o Zetti, fica a lição de que não se deve priorizar o Gauchão quando seu adversário é um time como o Colorado.

- Tenho que falar do Grêmio também, apesar de não ter jogado. Celso Roth está balançando no cargo, por puro preconceito contra seu estilo retranqueiro. Será que eles vão trazer de volta o Vagner Mancini, campeão baiano?

- Passando para a Europa, o Bayern de Munique foi campeão mais uma vez e Breno estreou justamente na decisão. Mas cinco meses de espera para atuar na Bundesliga não é demais?

- Por fim, ABRE O OLHO, ROBINHO! Nas últimas partidas do Real, Robben, Higuaín, Saviola, Sneijder e Raúl fizeram gols. São todos concorrentes. E ainda tem o "Van Gol", que se machucou na segunda metade do campeonato.

Um exemplo olímpico

No último sábado foi realizada a etapa de Sevilla do Mundial de Maratonas Aquáticas.

As brasileiras Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha terminaram na sexta e na décima colocação, respectivamente, e garantiram suas vagas em Pequim.

Porém, o grande destaque da prova não foi nenhuma atleta de nosso país e nem uma das nadadoras que chegou ao pódio.

Na verdade, a estrela da prova foi a sul-africana Natalie Du Toit, quarta colocada. Com a perna esquerda amputada, ela também carimbou o passaporte para a China, em agosto.

Sem dúvida, um grande exemplo.

Uma nadadora de alto nível, que obteve cinco ouros na Paraolimpíada de Atenas, e que agora vai atrás da sexta vitória olímpica em condições iguais às de suas principais adversárias.

Quanto maior a distância, no caso, uma prova de 10 km, melhor para Du Toit, já que as pernas não são muito exigidas. Na verdade, durante grande parte da maratona, elas servem apenas para equilibrar o corpo. Somente no sprint final, é que pode acabar desfavorecida, já que as nadadoras se utilizam dos membros inferiores para ganhar tempo.

Nos Jogos olímpicos, minha torcida ela já tem.