Ketleyn Quadros é bronze e aposenta espanhola

A mais dura das vitórias de Ketleyn Quadros, 20, nesta trajetória olímpica foi diante de Isabel Fernández, 36, no "golden score" (uma espécie de prorrogação com morte súbita, onde o primeiro ponto registrado encerra o combate).

Não é para menos. Afinal, a judoca espanhola foi ouro em Sydney-2000, bronze em Atlanta-1996, campeã mundial em 1997, vice em 1999 e 2007 (esta última no Rio de Janeiro) e hexacampeã européia.

Além disso, nas últimas 14 edições do Campeonato Europeu, alcançou o pódio em 13 oportunidades.

Com esse currículo, Fernández ficou à vontade para protestar contra a arbitragem após a eliminação.

"A arbitragem às vezes está a seu favor e às vezes contra. O que posso fazer?"

A decisão realmente é polêmica. Os árbitros já haviam se reunido duas vezes durante o "golden score" para uma eventual punição.

Porém, segundo a transmissão da Rede Globo, que conta com judocas especializados (Danielle Zangrando e Rogério Sampaio), afirmou que Ketleyn é quem estava correndo risco de advertência, pois a espanhola se utilizava de um jogo sujo para empurrar a brasileira para fora do tatame.

Não foi à toa que a decisão dos árbitros pegou todos de surpresa.

Retomando os comentários de Fernández, ela reconheceu que essa foi uma má despedida e que seria melhor se tivesse enfrentado judocas mais experientes (com grande currículo), pois teria mais chances de obter um bom resultado.

Por fim, lamentou, mais uma vez, ter perdido para uma oponente sem resultados expressivos internacionalmente e que os Jogos de Pequim devem ter sido sua última competição como profissional.