O ataque e defesa de Barcelona x Real Madrid
Mas nem parecia.
Ao fim da primeira etapa, as estatísticas registravam 69% de posse de bola para o Barcelona.
45 minutos mais tarde, o número - que já era impressionante - subiu ainda mais. Foi para 73%.
A explicação é simples. Enquanto o Barça entrou em campo com três atacantes (sem contar Gudjohnsen, que jogou mais recuado), o Real atuou apenas com Higuaín na frente.
Três infrações cometeu o Barcelona no primeiro tempo. Três cartões amarelos recebeu o Real Madrid no mesmo período.
Só mesmo com falta - e até pênalti - para parar Messi e companhia. Aliás, penalidade máxima cometida por Michel Salgado (sempre ele!) aos 25 da segunda etapa e defendida por Casillas.
A esta altura o placar ainda não havia sido aberto, apesar do amplo domínio dos catalães. Não por acaso Casillas era o destaque da partida, com 13 defesas.
Porém, faltando oito minutos para o apito do árbitro, ele deixou passar uma. Escanteio cobrado por Xavi, cabeçada de Puyol e antecipação de Eto'o, que se redimia do pênalti perdido.
O Real não tinha como reagir. Higuaín já não estava mais em campo. Raúl estava cansado e o único que tentava algo era Palanca, garoto vindo do Castilla (espécie de Real Madrid B), que fazia sua estréia pela equipe principal e disputava apenas sua segunda partida de liga espanhola.
Como o mundo dá voltas.
O time mais rico do mundo sem opções para escalar sua equipe e precisando puxar quatro jogadores da base para completar o banco de reservas em um Barça x Real.
Robinho deve estar gargalhando nesse momento.
Voltando ao jogo, ainda deu tempo do Barcelona adotar a tática imposta pelo adversário durante o jogo, o contra-ataque. Em rápida jogada, Henry deu toque açucarado para Messi definir o placar.
O camisa 10 marcou seu décimo gol na temporada e coroou a atuação nota 10 de seu time.
E Schuster, demitido no início da semana, estava certo. O Real não tinha como levar essa.
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Este post foi publicado também no Jogo Aberto, blog do jornalista Lédio Carmona.
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