O ouro e o adeus de Alexandre Vinokourov
O Cazaquistão foi uma das grandes surpresas dos Jogos Olímpicos. Terminou na décima segunda colocação no quadro de medalhas, com sete de ouro e treze no total. No país, os dois esportes mais tradicionais são: o levantamento de peso e o ciclismo. E foi deste último que veio uma das vitórias mais celebradas pelos cazaques, a do ciclista de estrada Alexandre Vinokourov.
Ex-companheiro de Lance Armstrong e Alberto Contador na equipe Astana, Vinokourov sempre foi um atleta de ponta. Tem no currículo uma medalha de prata nos Jogos de Sydney, um título da Volta da Espanha (2006) e quatro vitórias em etapas da Volta da França. Porém, teve a carreira marcada pelo doping.
Em 2007, quando era considerado um dos favoritos da Volta da França, ele testou positivo para o doping sanguíneo, que nada mais é do que a prática de aumentar o número de glóbulos vermelhos no sangue visando a melhora da capacidade aeróbica e a resistência do atleta.
Sem qualquer tipo de justificativa convincente, Vinokourov, também conhecido como Vino, foi suspenso por dois anos. Voltou às competições em 2009, mas até os Jogos de Londres não havia conquistado nenhum resultado expressivo. Por isso, a medalha de ouro nas Olimpíadas foi uma grande surpresa. Inclusive para ele.
Novamente em alta, mas ciente de que muitos ainda não digeriram o resultado de seu exame antidoping, o cazaque de 38 anos anunciou a aposentadoria após os Jogos. E o adeus definitivo aconteceu na última terça, no país basco, quando participou da Clássica de San Sebastián e terminou na trigésima quinta colocação.
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