Balanço do torneio de veteranos no Ibirapuera
Estive no Ibirapuera no útimo final de semana acompanhando o Black Rock Tour of Champions, torneio que reúne estrelas já aposentadas do circuito profissional da ATP.
O título foi de Sergi Bruguera, que derrotou Fernando Meligeni na final por 7/6 e 6/4. O catalão é indiscutivelmente o melhor dos veteranos. Disputou oito eventos e ganhou todos. Dácio Campos, um dos organizadores do Nossa Caixa Grand Champions Brasil, aproveitou a ocasião para divulgar a ação social do bicampeão de Roland Garros. E que ação! Bruguera realiza clínicas de tênis em cárceres, incentivando a prática de tênis para sequestradores e assassinos. É uma forma de resgatar o prazer em viver a estas pessoas.
O terceiro e quarto lugares ficaram com Mats Wilander e Andréz Gomez, respectivamente. Henri Leconte e Guillermo Vilas não terminaram bem classificados, mas chamaram muita atenção. O primeiro pelo bom humor. Um "showman" em quadra. Muito melhor que Fininho por sinal. Já o segundo, por mostrar que sabe muito de tênis. Não tem condições de enfrentar de igual para igual seus adversários devido a parte física, mas é raçudo e proporcionou os lances mais sensacionais da competição. Quem é bom não desaprende nunca.
Um terceiro fator que merece ponderação é o número de aces durante estas partidas e as poucas trocas de bolas. A idade não permite que os pontos sejam longos. Os games duram um minuto em média. Isso não tira o brilho do torneio. Imagina acompanhar quatro jogos seguidos, de três sets longos...boa parte dos torcedores não aguentaria.
Falando em torcida, ela decepcionou no Ibirapuera. Dácio, também comentarista do Sportv, agradecia a todo momento a presença de cada um dos espectadores. No "olhomêtro", apenas 50% do ginásio estava cheio. Os motivos: desistência de Bjorn Borg de última hora, ingressos a 90 reais, pouca divulgação da mídia. Pontos a se corrigir para o ano que vem.
Os cambistas, por sinal, estavam vendendo entradas por 60 reais. Queriam se livrar do prejuízo. Negociavam de todo jeito. Ou seja, era mais barato do que comprar na bilheteria.
A elite paulistana foi quem ocupou os assentos do local. Pouco se viram famílias. Muitos estavam lá sozinhos, pela paixão do tênis.
Foram instaladas quinze câmeras na quadra, um recorde neste tipo de transmissão. Para se ter uma idéia, os Masters Series dispõe de nove. Com todo esse investimento, a Rede Globo não poderia ter passado a final?
Faltou divulgação também para a compra de ingressos.
Resumindo, a iniciativa foi boa, o torneio foi de alto nível, tentou-se seguir o modelo europeu de organização de eventos esportivos, mas ficou um gostinho "de quero mais". Alguns pontos devem ser revisados para 2008.
O título foi de Sergi Bruguera, que derrotou Fernando Meligeni na final por 7/6 e 6/4. O catalão é indiscutivelmente o melhor dos veteranos. Disputou oito eventos e ganhou todos. Dácio Campos, um dos organizadores do Nossa Caixa Grand Champions Brasil, aproveitou a ocasião para divulgar a ação social do bicampeão de Roland Garros. E que ação! Bruguera realiza clínicas de tênis em cárceres, incentivando a prática de tênis para sequestradores e assassinos. É uma forma de resgatar o prazer em viver a estas pessoas.
O terceiro e quarto lugares ficaram com Mats Wilander e Andréz Gomez, respectivamente. Henri Leconte e Guillermo Vilas não terminaram bem classificados, mas chamaram muita atenção. O primeiro pelo bom humor. Um "showman" em quadra. Muito melhor que Fininho por sinal. Já o segundo, por mostrar que sabe muito de tênis. Não tem condições de enfrentar de igual para igual seus adversários devido a parte física, mas é raçudo e proporcionou os lances mais sensacionais da competição. Quem é bom não desaprende nunca.
Um terceiro fator que merece ponderação é o número de aces durante estas partidas e as poucas trocas de bolas. A idade não permite que os pontos sejam longos. Os games duram um minuto em média. Isso não tira o brilho do torneio. Imagina acompanhar quatro jogos seguidos, de três sets longos...boa parte dos torcedores não aguentaria.
Falando em torcida, ela decepcionou no Ibirapuera. Dácio, também comentarista do Sportv, agradecia a todo momento a presença de cada um dos espectadores. No "olhomêtro", apenas 50% do ginásio estava cheio. Os motivos: desistência de Bjorn Borg de última hora, ingressos a 90 reais, pouca divulgação da mídia. Pontos a se corrigir para o ano que vem.
Os cambistas, por sinal, estavam vendendo entradas por 60 reais. Queriam se livrar do prejuízo. Negociavam de todo jeito. Ou seja, era mais barato do que comprar na bilheteria.
A elite paulistana foi quem ocupou os assentos do local. Pouco se viram famílias. Muitos estavam lá sozinhos, pela paixão do tênis.
Foram instaladas quinze câmeras na quadra, um recorde neste tipo de transmissão. Para se ter uma idéia, os Masters Series dispõe de nove. Com todo esse investimento, a Rede Globo não poderia ter passado a final?
Faltou divulgação também para a compra de ingressos.
Resumindo, a iniciativa foi boa, o torneio foi de alto nível, tentou-se seguir o modelo europeu de organização de eventos esportivos, mas ficou um gostinho "de quero mais". Alguns pontos devem ser revisados para 2008.
Um comentário:
Sem tradição no tênis (tirando Gustavo Kuerten e Maria Ester Bueno), o Brasil poderia investir neste esporte para quem sabe num futuro próximo possamos ter um Masters Series aqui. Nos últimos anos, o esporte conquistou muitos adeptos e seria interessante a idéia.
É duro ver que o melhor tenista do ano foi André Sá. Estamos precisando de uma nova safra.
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