Prisioneiros de César - Prisonniers de César
Aula de jornalismo e de caráter.
Isso foi o que deu o jornal francês L'Équipe neste domingo.
Primeiro, por dar capa ao fato mais relevante do dia, independente se isso representou uma derrota de um atleta do país.
E segundo, por reconhecer o talento do adversário.
Como disse no Twitter (http://twitter.com/alexmassi) há pouco, "nosso" jornal especializado ainda está anos luz atrás dos europeus.
A edição de São Paulo do Lance! sequer colocou como principal manchete o ouro de César Cielo. Erro não cometido pelas redações carioca e mineira.
Abaixo, as declarações dos medalhistas de prata e bronze nos 50 metros livre no Mundial de Roma após a prova:
Frédérick Bousquet: Não estou decepcionado (com a prata). Muito pelo contrário. Estou muito feliz por subir ao pódio outra vez (já havia conquistado o bronze nos 100 livre), ainda mais ao lado de outro francês e de César (Cielo). Estou feliz por ser segundo, isso confirma a aposta que Brett (Hawke, treinador de Bousquet e Cielo) fez em mim nos 50 metros. E, além disso, ainda mantive meu recorde mundial. Estou extremamente orgulhoso do que fiz no Mundial. Isso servirá para os próximos anos. Esta foi a melhor competição de minha carreira. Foi quase perfeita. Espero fazer ainda outras belas temporadas. Agora, vou trabalhar para batê-lo (Cielo) daqui três anos, em Londres.
Amaury Leveaux : É um momento particular. Apesar das dificuldades (seu pai faleceu no início da semana passada), cheguei pronto para estar no pódio. Poderia ter sido pior. Minha família e minha namorada fizeram bem em insistir para que eu permanecesse em Roma. Ganhei uma medalha no Mundial, logo após os Jogos Olímpicos, portanto, estou contente. Vi que há 10 metros do fim, minha disputa era com Fred (Bousquet). Não sabia se tinha chegado antes ou depois, mas quando toquei na borda, senti que ele havia batido antes de mim. Em seguida, olhei para o placar e vi que havia sido o terceiro. Fiquei um pouco decepcionado, mas está bom. Penso que Cielo não é imbatível nos 100 metros. Mas o que aconteceu comigo esta semana me tirou energia. Ele estava com a cabeça livre, leve, não tinha nada mais a pensar que não fosse os 50. Antes da prova, não me senti bem. Estava muito quente, abafado. E não me concentrei direito na sala que antecede a entrada na piscina. Fred (Bousquet), por sua vez, estava focado.
Isso foi o que deu o jornal francês L'Équipe neste domingo.
Primeiro, por dar capa ao fato mais relevante do dia, independente se isso representou uma derrota de um atleta do país.
E segundo, por reconhecer o talento do adversário.
Como disse no Twitter (http://twitter.com/alexmassi) há pouco, "nosso" jornal especializado ainda está anos luz atrás dos europeus.
A edição de São Paulo do Lance! sequer colocou como principal manchete o ouro de César Cielo. Erro não cometido pelas redações carioca e mineira.
Abaixo, as declarações dos medalhistas de prata e bronze nos 50 metros livre no Mundial de Roma após a prova:
Frédérick Bousquet: Não estou decepcionado (com a prata). Muito pelo contrário. Estou muito feliz por subir ao pódio outra vez (já havia conquistado o bronze nos 100 livre), ainda mais ao lado de outro francês e de César (Cielo). Estou feliz por ser segundo, isso confirma a aposta que Brett (Hawke, treinador de Bousquet e Cielo) fez em mim nos 50 metros. E, além disso, ainda mantive meu recorde mundial. Estou extremamente orgulhoso do que fiz no Mundial. Isso servirá para os próximos anos. Esta foi a melhor competição de minha carreira. Foi quase perfeita. Espero fazer ainda outras belas temporadas. Agora, vou trabalhar para batê-lo (Cielo) daqui três anos, em Londres.
Amaury Leveaux : É um momento particular. Apesar das dificuldades (seu pai faleceu no início da semana passada), cheguei pronto para estar no pódio. Poderia ter sido pior. Minha família e minha namorada fizeram bem em insistir para que eu permanecesse em Roma. Ganhei uma medalha no Mundial, logo após os Jogos Olímpicos, portanto, estou contente. Vi que há 10 metros do fim, minha disputa era com Fred (Bousquet). Não sabia se tinha chegado antes ou depois, mas quando toquei na borda, senti que ele havia batido antes de mim. Em seguida, olhei para o placar e vi que havia sido o terceiro. Fiquei um pouco decepcionado, mas está bom. Penso que Cielo não é imbatível nos 100 metros. Mas o que aconteceu comigo esta semana me tirou energia. Ele estava com a cabeça livre, leve, não tinha nada mais a pensar que não fosse os 50. Antes da prova, não me senti bem. Estava muito quente, abafado. E não me concentrei direito na sala que antecede a entrada na piscina. Fred (Bousquet), por sua vez, estava focado.
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